quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Regresso às aulas.

Esta ultima semana tem sido atarefada e a Predator tem feito mais quilómetros que nunca. O meu filho mais velho entrou para o 3º ano do Ensino Básico e mudou de escola. Para ser mais fácil o transporte coloquei-o numa escola perto do meu emprego. Assim a Predator tem servido de transporte escolar todos os dias. Devo dizer que é um prazer trazê-lo para a escola e ele adora vir na mota, mas também me dá algum receio pela segurança dele, toda a gente sabe que as motas não são o meio de transporte mais seguro, e mesmo com todo o cuidado com que conduzo não posso evitar as asneiras dos outros. Até agora tem corrido tudo bem e ainda não houve sustos. Por causa disso, passei a somar mais 20 quilómetros ao percurso habitual que fazia diariamente. Nada que afecte muito a autonomia da Predator.
Como se não bastasse, também eu regressei à escola e comecei esta semana a frequentar o 1º ano do Curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, da Escola Superior de Técnologia de Tomar. Tudo somado dá 100 quilómetros diários na mota, que já vai a caminho dos 3000. A partir de agora vai ser sempre a somar!
Devo admitir que quando a comprei já tinha em mente esta deslocação diária a Tomar, e foi por isso que me decidi tão depressa em encomendá-la. Até agora zero problemas, vamos ver como se comporta com o tempo frio do Inverno, parece que as baterias são muito friorentas e perdem capacidade a baixas temperaturas. O meu corpo já não estranha, depois de tantos anos a conduzir mota todos os dias, vamos ver como se porta a mota.


Ainda a viagem a Mangualde.

Já não escrevia nada por aqui há algum tempo. A preguiça de escrever tem sido muita, mas também não tenho tido muito para relatar.
A viagem a Mangualde correu muito bem. Embora seja um prazer conduzir uma mota eléctrica, o facto de termos longos períodos de espera para os carr
egamentos, faz com que se demore muito tempo a percorrer poucos quilómetros. Foi um teste à minha resistência e à da mota. Fiquei a perceber muito melhor como conseguir maior autonomia, e que tipo de condução praticar para percorrer a maior distância possível sem recarregar.
Pelo mapa que publiquei dá para ter uma ideia do percurso que fiz. A primeira etapa foi chegar a Pombal, sempre em Estrada Nacional, para me juntar à equipa da SW Energy e poder carregar na oficina da empresa. Felizmente pude usar o
carregador deles para recarregar as baterias, senão teria demorado muito mais tempo nas recargas. Mesmo assim tive de esperar à volta de 5 horas para completar a carga.


De Pombal, seguimos para Forum Coimbra, onde existe um ponto de carga oficial da EDP, com utilização gratuita e lugares reservados. Está bem conseguido, instalado mesmo em frente à entrada principal. Pena não ter cobertura para a chuva, pois na viagem de regresso a casa, estive sempre com medo de molhar o carregador com a ameaça de começar a chover a qualquer momento.
Em Coimbra estive à volta de 2:30 horas para carregar. Aproveitei para comer e passear pelo shopping. Depois da carga completa, partimos em direcção a Mangualde. Desta vez tive de recorrer ao IP3, por ser o caminho mais directo, mas devo dizer que é uma chatice viajar a 50 km/h numa via daquelas. Há pouco para ver, não se pode parar em lado nenhum e o tráfico é intenso.
Estava com medo desta última parte da viagem porque não sabia se a conseguia fazer toda de uma vez sem carregar. Não havia nenhum ponto de carga certo pelo meio, e em ultimo caso tinha de me valer de um restaurante ou café e pedir uma tomada por algum tempo. Aos 80 kms de percurso vi que a mota se estava a portar bem e continuei sem parar. A noite foi caindo e lá chegámos ao local da concentração por volta das 22:30. Feitas as inscrições, montámos a tenda com a ajuda dos faróis da mota e fomos conhecer a famosa Concentração do Motoclube de Mangualde. O ambiente era calmo e descontraído, nada tem a ver com o que costuma acontecer neste tipo de concentrações. Já não fomos a tempo de jantar, mas tínhamos comprado bolachas e barras de cereais em Coimbra por isso não houve problema. Encontrei pela primeira vez outro utilizador de VE que já conhecia do Forum Nova Energia, estivemos na conversa algum tempo, mas como o cansaço da viagem era muito rumámos à tenda para dormir.
O fim de semana passou depressa, não assisti à famosa corrida do pilau de Sábado à noite por ser muito tarde e no Domingo tínhamos de acordar cedo e prepararmo-nos para o regresso. Decidi não voltar pelo mesmo caminho de regresso, porque de certeza que saindo depois de almoço, chegaria já de madrugada a casa. Assim, juntei-me ao casal amigo que tem uma mota igual à minha e segui com eles pela A25 em direcção à Serra do Caramulo. Lembram-se do terrível acidente em cadeia que aconteceu no dia 23 de Agosto? Pois passei lá na zona horas antes... Que sorte a minha.
Quase à chegada ao destino, descobri que a serra tem subidas que a minha mota não sobe, pelo menos carregada como estava. A meio de uma subida muito inclinada, a mota começou a perder velocidade e não subiu mais. Tive de pedir à minha mulher para sair e lá consegui acabar de subir. Foi um caso engraçado mas a minha mulher não achou muita graça ao facto de ter de subir a pé, o resto do caminho.
Voltámos a montar as tendas, desta vez no quintal dos nossos amigos, recarreguei a mota novamente e toca a ir jantar. Durante a noite fui acordado pelo barulho de pingos a cair na tenda. Seria possível estar a chover? Sim, é verdade, o tempo tinha mudado radicalmente e estava a chuviscar, não era nada que molhasse muito, mas era o suficiente para estragar a viagem de regresso.
Felizmente estávamos bem equipados com casacos impermeáveis. Saímos da serra em direcção a Coimbra para carregar novamente no shopping. Felizmente deixou de chover e fizemos bem a viagem. Depois da carga em Coimbra, seguimos em direcção a Pombal para carregar na oficina da SW. Pouco depois de saírmos, começou a cair uma chuva miudinha e lá nos molhámos um pouco. Recarga em Pombal de 3 horas e lá fomos para a última etapa. O tão desejado regresso a casa! Chegámos já era noite, bastante cansados e com saudades de casa, onde nos esperavam os nossos péstinhas, Rodrigo e Pedro, cheios de saudades dos papás.
Foi uma grande aventura, se tivesse ido na Hornet, era uma viagem de 2 horas para cada lado, mas não era a mesma coisa.
Em 2011 acho que voltaremos, espero que nessa altura já haja mais pontos de carga espalhados pelo país.